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Pandemia 2

Efeitos Normais em uma Pandemia

Durante uma pandemia é natural que as pessoas vivam em estado de alerta, apresentem medo, irritabilidade, tristeza, angústia e sensação de falta de controle diante das incertezas. Esses sintomas, em grande parte, não são doenças, mas sim reações normais diante de uma situação anormal.

Reações comuns:

  • Medo de adoecer, morrer ou perder pessoas queridas.
  • Insegurança quanto ao trabalho e à subsistência.
  • Sensação de exclusão social e isolamento.
  • Preocupações em transmitir o vírus.

Sentimentos frequentes:

  • Impotência diante dos acontecimentos.
  • Tristeza, irritabilidade, angústia.
  • Solidão, tédio e desamparo em contextos de quarentena.

Manifestações associadas:

  • Alterações no apetite e no sono.
  • Conflitos familiares e interpessoais.
  • Violência doméstica e contra profissionais de saúde.
  • Pensamentos recorrentes sobre doença, morte e a segurança da família.

A compreensão de que tais respostas fazem parte de uma adaptação psicológica ao estresse coletivo é fundamental. O cuidado psicoterapêutico, nesse contexto, busca oferecer acolhimento, ressignificação e estratégias de enfrentamento, prevenindo a evolução dessas reações para quadros mais graves. Acolher as reações emocionais, fortalecer estratégias internas já conhecidas, promover o autocuidado e manter o vínculo social e comunitário, favorecendo um enfrentamento mais saudável diante da crise.

Reações Normais Podem se Tornar Sintomas

É fundamental diferenciar quando essas reações ultrapassam o limite do esperado e passam a configurar sintomas que exigem intervenção especializada.

Critérios de atenção e encaminhamento:

  • Sintomas persistentes, sem melhora ao longo do tempo.
  • Sofrimento intenso, difícil de manejar sozinho.
  • Complicações graves, como condutas suicidas.
  • Comprometimento do funcionamento social, familiar ou profissional.
  • Dificuldades significativas nos relacionamentos.
  • Problemas coexistentes, como abuso de álcool, drogas ou outras dependências.
  • Transtornos maiores, como depressão severa ou psicose.
  • Transtornos imediatos mais frequentes:
  • Episódios depressivos.
  • Reações de estresse agudo transitório.
  • Efeitos tardios recorrentes:
  • Luto patológico.
  • Depressão persistente.
  • Transtornos de adaptação.
  • Estresse pós-traumático (ansiedade intensa com impacto nos relacionamentos e trabalho).
  • Abuso de substâncias e transtornos psicossomáticos.
  • Risco de evolução:
  • Padrões de sofrimento prolongado, como tristeza intensa, medo generalizado e ansiedade com manifestações corporais, podem, sem intervenção adequada, transformar-se em patologias a médio ou longo prazo.
Dra. Iara Walkiria Belfort Rolim

Autora Dra. Iara Walkiria Belfort Rolim

Psicóloga Clínica especializada em Estresse Pós Traumático (TEPT), Grafóloga, com mais de 30 anos de experiência no atendimento de "borderline"; ansiedade, depressão, problemas de relacionamento, fobia social, "burnout"; despersonalização; procrastinação; autoestima baixa; envelhecimento e luto.

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