Emoções
O significado e importância e dicas com técnicas para controle das emoções.
Todo acontecimento desperta em nós sentimentos diferentes causados pelas emoções situadas no tálamo no sistema límbico, que excitam nosso organismo e causam alterações fisiológicas tais como ficar “corado” pela vergonha ou “branco” pelo susto. Cada uma das memórias que fazem parte da nossa história de vida tem uma carga emocional associada. Os sentimentos é, portanto o efeito causado por uma emoção, é um estado interior. Tanto o sentimento como a emoção são termos de significados bastante próximos.
Felicidade, remorso, admiração, amor, ódio, culpa, vergonha e etc.
As emoções podem verificar-se como: experiências emocionais (quando sentimos a emoção; ou comportamento emocional (quando agimos ao sentir a emoção).
Toda emoção pode gerar uma ação, a cólera leva ao ataque, grande tristeza leva ao choro, etc. A emoção apesar de ser classificada de acordo com suas características e reação fisiológica ( atividade muscular e glandular, aceleração das batidas do coração, tremor nas pernas, sorriso franco, suor, choro, ficar pálido momentâneo, ruborização das faces, contração dos músculos faciais), é sentida diferentemente pelas pessoas, de acordo com o aprendizado na infância.
Em geral a emoção está ligada a uma situação específica (medo, Há diversos tipos de emoção: medo, cólera, alegria, tristeza, piedade, amor, etc.) ou a um acúmulo de experiências (a gota que faltava para transbordar) e é classificada em:
- Básica ou primária: pois aparece desde muito cedo: alegria, medo, cólera, tristeza, apesar de o medo não ser inato e sim aprendido;
- Emoções resultadas de estímulo nos sentidos como: aversão, prazer, dor;
- Emoções ligadas a histórias pessoais como: vergonha, remorso, noção de êxito e de fracasso, culpa, etc.;
- Emoções dirigidas a coisas ou a outras pessoas: amor, inveja, ódio, etc.
- Perda de iniciativa, passividade.
Alguns movimentos de expressões emotivas não são aprendidos: sorrir, chorar, gritar e etc. Mas outros são adquiridos por imitação, e a vida em sociedade exige que sejam utilizadas em relações sociais: educação, palidez, sorriso cordial mesmo sendo contrarias ao verdadeiro sentimento despertado.
A emoção se concretiza por meio de uma sequência assim ordenada:
- Estímulo;
- Sentimento “subjetivo” da emoção;
- Reflexo corporal da emoção.
Os sentimentos são contagiantes, quando vemos alguém rir, rimos juntos, chorar, choramos juntos, a percepção, compreensão e reação ao sofrimento ou necessidade de outra pessoa recebe o nome de simpatia ou empatia capacidade psicológica para sentir o que sente uma outra pessoa.
Uma fonte de desequilíbrio surge somente quando uma emoção em particular é vivenciada por um período prolongado de tempo ou com uma intensidade específica.
Segundo a medicina chinesa cada órgão corresponde a uma emoção e o desequilíbrio dessa emoção pode afetar a função do órgão.
Raiva
Associada ao fígado, causa o aumento da energia, o que provoca rosto e olhos avermelhados, dores de cabeça e vertigens. Isso coincide com o padrão de aumento do chamado fogo do fígado. A raiva também pode fazer a energia do fígado “atacar o baço”, produzindo falta de apetite, indigestão e diarreia, geralmente isso ocorre com pessoas que discutem na mesa de refeições ou comem enquanto dirigem.
A raiva ou frustração reprimida normalmente causa a estagnação da energia e isso pode resultar em depressão ou desordens menstruais.
Tristeza
A tristeza ou pesar afeta os pulmões, produzindo fatiga, falta de ar, choro ou depressão.
Preocupação
Uma emoção muito comum em nossa sociedade repleta de estresses, pode esgotar a energia do baço, causando distúrbios digestivos e levando à fadiga crônica: um baço enfraquecido não pode transformar o alimento em energia de maneira eficaz e também os pulmões são incapazes de extrair a energia do ar eficientemente.
Medo
Relacionada com os rins quando o medo extremo faz uma pessoa urinar incontrolavelmente. Nas crianças isso também se manifesta quando elas urinam na cama, o que os psicólogos associaram com insegurança e ansiedade.
Pensamento Obsessivo
Pensar excessivamente ou obsessivamente sobre um assunto também pode esgotar o baço, o que causa a sua estagnação, sintomas causando falta de apetite, esquecimento de se alimentar e inchaço após comer.
Alegria
Ligada ao coração. O desequilíbrio surge quando entusiasmo ou estímulos excessivos ocorrem ou boas notícias súbitas chegam como um choque para o sistema.
Choque (pavor)
A reação “lutar ou fugir” causa uma liberação excessiva de adrenalina das glândulas adrenais ou supra-renais, que se localizam sobre os rins. Isso faz o coração responder com palpitações, ansiedade e insônia.
O estresse crônico oriundo do choque pode ser muito debilitante para o sistema inteiro, causando uma ampla gama de problemas. O choque severo pode ter um efeito duradouro sobre o do coração, como fica evidente em vítimas da síndrome do estresse pós-traumático.
Os pais deveriam ser preparadores emocionais, ensinar aos filhos estratégias para lidar com os altos e baixos da vida, aproveitar os estados de emoções e ensiná-los como lidar com elas.
O receio de produzir crianças reprimidas está gerando uma quantidade muito grande de crianças mal educadas e emocionalmente menos aptas.
Para aqueles pais que ainda não são preparadores emocionais, Gottman, propõe 5 passos para que se tornem:
- Perceber as emoções da criança e as suas próprias;
- Reconhecer a emoção como uma oportunidade de intimidade e orientação;
- Ouvir com empatia e legitimar os sentimentos da criança;
- Ajudar a crianças a verbalizar as emoções;
- Impor limites e ajudar a criança a encontrar soluções para seus problemas.
As emoções possuem um papel significativo no pensamento, na tomada de decisões e sucesso no futuro.
A Inteligência Emocional está relacionada a habilidades tais como motivar a si mesmo e persistir mediante frustações; controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas.
Daniel Goleman, mapeia a Inteligência Emocional em cinco áreas de habilidades:
- Auto-Conhecimento Emocional – reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre.
- Controle Emocional – habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os para a situação.
- Auto-Motivação – dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial para manter-se caminhando sempre em busca.
- Reconhecimento de emoções em outras pessoas.
- Habilidade em relacionamentos inter-pessoais.
As três primeiras acima referem-se a Inteligência Intra-Pessoal. As duas últimas, a Inteligência Inter-Pessoal.
Inteligência Inter-Pessoal: é a habilidade de entender outras pessoas: o que as motiva, como trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas.
Inteligência Intra-Pessoal: é a mesma habilidade, só que voltada para sí mesmo. É a capacidade de formar um modelo verdadeiro e preciso de si mesmo e usá-lo de forma efetiva e construtiva.
Importância das emoções
Sobrevivência: Nossas emoções foram evoluindo através de milhões de anos e possuem o potencial de nos servir como um sofisticado e delicado sistema interno de orientação, nos alertando quando as necessidades naturais não são encontradas. Por exemplo, quando nos sentimos sós, nossa necessidade é encontrar outras pessoas. Quando nos sentimos receosos, nossa necessidade é por segurança. Quando nos sentimos rejeitados, nossa necessidade é por aceitação.
Tomadas de Decisão: Nossas emoções são uma fonte valiosa da informação e nos ajudam a tomar decisões. Os estudos mostram que quando as conexões emocionais de uma pessoa estão danificadas no cérebro, ela não pode tomar nem mesmo as decisões simples. Por que? Porque não sentirá nada sobre suas escolhas.
Ajuste de limites: Quando nos sentimos incomodados com o comportamento de uma pessoa, nossas emoções nos alertam. Se nós aprendermos a confiar em nossas emoções e sensações isto nos ajudará a ajustar nossos limites que são necessários para proteger nossa saúde física e mental.
Comunicação: Nossas expressões faciais, por exemplo, podem demonstrar uma grande quantidade de emoções podemos nos expressar pelo olhar assim como escutar e entender aos outros.
União: Nossas emoções são talvez a maior fonte potencial capaz de unir todos os membros da espécie humana.
As mudanças que ocorrem no ciclo de vida geram um amadurecimento emocional, e devem ser compreendidas como um aprendizado, pois sabe-se que ao longo de uma existência ocorrem inúmeras mudanças, nada é constante. Mudanças como crescimento físico com seus respectivos desafios, primeiro trabalho, casamento, nascimento de filhos, acidentes, perdas etc.. enfim, qualquer alteração que abale o estado emocional. Atualmente vivemos algo novo na historia humana, a pandemia causada pelo corona vírus que exige que criemos novos hábitos comportamentais além de mantermos os velhos de maneira mais criativa. A forma de reação emocional a esse novo tempo são exclusivas pois as emoções vividas no desenvolvimento são individuais.
Não podemos escolher nossas emoções, mas podemos tentar usar o controle emocional para regulá-las, mudando o nosso estado mental e emocional, conforme for necessário. O objetivo é evitar que alguma emoção negativa, quando disparada, nos arraste com ela e nos cause arrependimento futuro.
Tratamento
Nos estágios mais adiantados da DA, a memória a curto prazo ou mais recente, começa a declinar, juntamente quando parte do hipocampo, que faz parte do Sistema Límbico (responsável por controlar as emoções, as funções do aprendizado e a memória), degenera. Com isso, a habilidade em executar tarefas rotineiras também declina. A DA se espalha pelo córtex cerebral (camada exterior do cérebro) causando o declínio da capacidade crítica e de julgamento, crises emocionais e a linguagem fica comprometida. A progressão da doença conduz a morte de maior parte do tecido nervoso.
O tratamento é direcionado apenas no sentido de controlar os sintomas mais incômodos e estimular o treinamento familiar para que se aprenda a lidar com o paciente. A DA tem dificuldade para entender o significado do que é falado mas, por outro lado, elas são muito sensíveis a como as palavras são pronunciadas.
Técnicas para controlar
os estados emocionais
1. Desenvolver controle emocional:
Aprender a evitar o que gera em nós estas emoções, sejam elas pessoas ou situações
2. Respiração profunda:
Oxigenar nosso corpo faz o cérebro funcionar melhor e o deixa mais relaxado e calmo. Uma técnica bem conhecida é contar enquanto você faz as fases da respiração – conte 10 inspirações e solte 8 expirações.
3. Deixar de pensar no problema que gerou a emoção negativa:
A emoção e o pensamento estão intimamente ligados. As emoções não podem ser modificadas, mas como a emoção e o pensamento são muito próximos, se mudamos o pensamento podemos regular nossas emoções e nossas ações.
4. Esvaziar a mente de pensamentos negativos:
Primeiro identificar quais são os pensamentos que criam, mantêm ou aumentam as emoções negativas que faz nos sentirmos tristes, irritados, ansiosos, assustados, e depois substituí-los por pensamentos mais positivos.
As emoções podem mostrar tanto o melhor quanto pior de nosso ser, e isso não vale apenas para as emoções negativas como a raiva ou o medo, uma sobrecarga de emoções positivas como o excesso de alegria por exemplo também pode nos levar à euforia e nos fazer perder o controle de nosso comportamento.
Bibliografia
James C Coleman – A psicologia do Anormal.
Dicionário de Psicologia Prática
David Kreech e Richard Crutehfield – Elementos de Psicologia
Daniel Goleman – Inteligência Emocional