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Psicoterapia

Alzheimer 

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Alzheimer  2

A Doença de Alzheimer é uma enfermidade neurodegenerativa, progressiva e incurável, que não faz parte do envelhecimento normal. Afeta, sobretudo, a memória, o raciocínio, a linguagem, a capacidade crítica e social, e, com a evolução, compromete também a identidade e a autonomia do paciente.

Aspectos Centrais

  • Início insidioso: começa com esquecimentos e dificuldade em tarefas simples, avançando para desorientação, perda da linguagem, alterações de personalidade e dependência total.
  • Evolução: geralmente dura em torno de 8 anos entre o início dos sintomas e os estágios finais.
  • Sintomas emocionais e comportamentais: depressão, ansiedade, agitação, alucinações, mudanças na conduta, agressividade ou apatia.
  • Impacto familiar: o sofrimento não é apenas do paciente, mas também de familiares e cuidadores, que enfrentam sobrecarga emocional, física e social.

Diagnóstico

  • É clínico, apoiado por exames de imagem (RM, PET, SPECT), que podem indicar atrofia em áreas ligadas à memória (hipocampo, lobo temporal).
  • Precisa descartar outras causas de demência (Parkinson, depressão, AVC, hipotireoidismo, hidrocefalia).

Tratamento

  • Não existe cura. O foco é no alívio dos sintomas e na manutenção da qualidade de vida.
  • Farmacológico: antidepressivos (como ISRS, mirtazapina), estabilizadores do humor e medicações para agitação.
  • Não farmacológico: estimulação cognitiva, rotinas estruturadas, suporte psicossocial, treinamento de cuidadores.
  • Abordagem psicoterapêutica:
    • Apoiar a família no processo de luto antecipatório.
    • Trabalhar a aceitação das limitações do paciente.
    • Criar estratégias de comunicação claras, simples e afetuosas.
    • Reduzir o estresse do cuidador, prevenindo burnout.

Reflexão Psicoterapêutica

O paciente com Alzheimer perde progressivamente a noção de tempo, espaço e identidade, mas mantém sensibilidade afetiva — ou seja, pode não entender as palavras, mas percebe o tom da voz, a emoção e o cuidado recebido.
Assim, a escuta empática, o toque acolhedor e a paciência são recursos terapêuticos tão importantes quanto a medicação.

Dra. Iara Walkiria Belfort Rolim

Autora Dra. Iara Walkiria Belfort Rolim

Psicóloga Clínica especializada em Estresse Pós Traumático (TEPT), Grafóloga, com mais de 30 anos de experiência no atendimento de "borderline"; ansiedade, depressão, problemas de relacionamento, fobia social, "burnout"; despersonalização; procrastinação; autoestima baixa; envelhecimento e luto.

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