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Psicoterapia

Freud e a Psicanálise

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Freud e a Psicanálise 2

1. Contexto histórico

  • Freud, médico recém-formado, interessa-se pelas histéricas da época, cujos sintomas não tinham explicação médica.
  • Ao escutá-las, percebe que havia “outra cena”: a dimensão do inconsciente e do desejo.
  • Daí nasce a Psicanálise como novo campo clínico.

2. O Sonho como via de acesso ao inconsciente

  • Em A Interpretação dos Sonhos (1900), Freud afirma que o sonho é a “manifestação psíquica do inconsciente por excelência”.
  • O sonho deixa de ser apenas fenômeno neurológico e passa a ser entendido como formação psíquica ligada à linguagem e ao desejo.
  • O sonho é o “pórtico real da psicanálise”.

3. Processos psíquicos no sonho

  • Censura: ligada ao recalcamento, impede que conteúdos inaceitáveis cheguem diretamente ao consciente.
  • Condensação: vários elementos inconscientes se fundem em um único elemento manifesto.
  • Deslocamento: a intensidade de uma ideia é transferida para outra mais aceitável.
  • Sobredeterminação: um mesmo sonho/sintoma é sempre determinado por múltiplos fatores, não havendo interpretação única.

4. Conteúdo manifesto x conteúdo latente

  • Manifesto: aquilo que lembramos e contamos do sonho.
  • Latente: pensamentos inconscientes e desejos recalcados que se expressam de forma disfarçada.
  • O sonho não é o inconsciente em si, mas uma de suas formações.

5. O papel da fala

  • O sonho só ganha sentido quando é narrado pelo sonhador.
  • As palavras escolhidas já revelam associações inconscientes.
  • O inconsciente é entendido como um texto a ser lido pelo analista a partir da fala do analisando.

6. Esquecimento e resistência

  • Esquecer sonhos faz parte do funcionamento psíquico e está ligado à resistência e ao recalque.
  • Mesmo esquecidos, os restos oníricos continuam atuando no psiquismo.

7. O sexual em Freud

  • O sexual não se reduz ao ato sexual.
  • Diz respeito à relação do sujeito com o desejo, a demanda e o gozo do Outro.
  • Inclui sentimentos ambivalentes de amor e hostilidade.

8. Contribuição maior

  • O sonho fornece o modelo para compreender sintomas, mitos, religiões e obras de arte como formas dissimuladas do desejo.
  • A interpretação dos sonhos é idêntica à dos sintomas: escutar o desejo inconsciente.

👉 Em síntese: Para Freud, o sonho é uma via privilegiada de acesso ao inconsciente, marcado por recalcamento, censura e desejo. Ele revela que nossa vida psíquica não é transparente, mas atravessada por processos inconscientes que se expressam em sonhos, sintomas e na linguagem do sujeito.

Dra. Iara Walkiria Belfort Rolim

Autora Dra. Iara Walkiria Belfort Rolim

Psicóloga Clínica especializada em Estresse Pós Traumático (TEPT), Grafóloga, com mais de 30 anos de experiência no atendimento de "borderline"; ansiedade, depressão, problemas de relacionamento, fobia social, "burnout"; despersonalização; procrastinação; autoestima baixa; envelhecimento e luto.

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