Borderline: 10 características

Todos os aspectos inerentes à parte psicótica da personalidade em algum grau e forma, estão presentes;

Diferente do que acontece nas psicoses clínicas (esquizofrenias), os pacientes Borderline conservam um juízo critico e o senso de realidade;

É frequente a “estranheza” em relação ao meio ambiente exterior e “despersonalização” (estranheza em relação a si mesmo) pois apresentam um transtorno do sentimento de identidade, o qual consiste no fato de que não existe uma integração dos diferentes aspectos de sua personalidade o que causa dificuldades nesse paciente em transmitir uma imagem integrada, coerente e consistente de si mesmo e, assim, deixa os outros confusos em relação a ele, transmitindo uma sensação de que ele é esquisito;

Faz uso excessivo de clivagem (dissociação) dos distintos aspectos de seu psiquismo que permanecem contraditórios ou em oposição entre si, de modo que se organiza como uma pessoa ambígua, instável e exageradamente compartimentada;

Presença permanente de uma ansiedade difusa e uma sensação de “vazio crônico” que acompanham uma “neurose polissintomática”;

A neurose polissintomática é a forma com que pacientes psicóticos recobrem suas intensas angústias depressivas e paranóides com uma fachada de sintomas ou de traços caracterológicos, de fobias diversas, manifestações obsessivo-compulsivas, histéricas, narcisistas, somatizadoras, perversas, etc. Todas elas podendo ser concomitantes ou alternantes e frequentes “acting” de natureza sexual, perversa e masoquista;

Em casos avançados pode aparecer manifestações pré-psicóticas, personalidade paranóide, esquizoides, hipomaníaca, neuroses impulsivas, transtornos alimentares graves, drogadicções, psicopatias, etc.;

Mesmo que haja uma aparência edípica nas atuações de uma incontida sexualidade, a raiz do estado psicótico Borderline reside na falhas e faltas, ocorridas durante o desenvolvimento emocional primitivo, com a consequente formação de vazios, verdadeiros “buracos negros”, que estão à espera de serem preenchidos por uma adequada conduta analítica do terapeuta;

O prognóstico da análise é variável, esses pacientes podem ser os mais frustrantes como também os mais gratificantes de serem tratados;

Os estados paranóides frequentes costumam se manifestar isoladamente ou mesclados entre si, por uma das 4 formas: ideação delirante, de perseguições, de ciúmes, erotomania e megalomania